- A teoria da auto-transcendência na consistência - de Luigi M. Rulla (1922-2002) e seus colaboradores parte de uma abordagem interdisciplinar que garante os fundamentos teológicos, pastorais, antropológicos e psicológicos para a compreensão da pessoa humana como um todo. É uma visão realista-existencial segundo a qual o homem não é um ser perfeito, mas aspirante à perfeição: é livre mas ao mesmo tempo frágil, aberto ao absoluto mas ao mesmo tempo tentado ao relativo.
Esta teoria da auto-transcendência na consistência assenta em vários pressupostos: Deus chama a pessoa a uma nova existência cujo centro é Cristo; Deus estabelece um diálogo com o homem cujo fruto é a vocação cristã; a resposta que o homem dá implica toda a pessoa, o homem não foi criado para gratificar os seus instintos nem para se auto-realizar; a essência da existência da vida humana está na transcendência; a autêntica realização dos valores cristãos leva o homem a realizar também as suas potencialidades (cf. RULLA, L. M., Antropologia da vocação cristã, Paulinas, S. Paulo, 1987).
(continua na próxima semana)
Irª. Fátima Seblamo
Sem comentários:
Enviar um comentário