A consciência ética dos políticos bem intencionados colocou o «direito à vida» na Declaração dos Direitos do Homem. Logo ao princípio. E fez bem! Mas, para espanto nosso, uma coisa é a teoria e outra é a prática. A nossa civilização mostra-nos que este valor anda muito obscurecido. Anda, andou e andará. São aos pontapés as contradições. São de todos conhecidas as agressões à vida humana: suicídios (mais ou menos justificados); homicídios (por motivos nem sempre claros); mortes «legais»; abortos; eutanásia; guerras; sequestros; torturas; pedofilia; escravidão sexual. Tudo parece indicar que o homem – na sua ânsia de justiça – grita a necessidade do direito à vida. Mas, quando as conveniências gritam mais alto, corre a abusar da vida do seu semelhante. Na linha do «matar» estão todos os meios violentos cada vez mais sofisticados e perniciosos; e a crescente espiral de violência com que se reage ao mal que os opressores fazem sobre os oprimidos. Satélites armados, terrorismo urbano e internacional, violência verbal de cariz ideológico, publicidade agressiva, pornografia, consumismo comercial, discriminações raciais e religiosas, fundamentalismos de toda a ordem – eis alguns dos meios com que se desrespeita o 5.º mandamento! Contradições que relativizam o princípio geral da inviolabilidade da vida!
Todos os fundamentalismos (ideológicos, políticos, grupais e religiosos) estão carregados de ódios e de mortes. Há quem consagre excessiva confiança à autoridade pública para que esta intervenha em seu auxílio, mesmo que para isso tenha de matar os outros! Discute-se a pena de morte e proclama-se a guerra «justa» ou, como Bush preferiu para atacar o Iraque, a «guerra preventiva». No terreno da moral, vive-se um notável grau de incoerência lógica ao atribuir diferentes valores à vida humana se já é nascida ou se ainda não é nascida. Nesse item, há quem justifique a legalidade do aborto ao mesmo tempo que rejeita a pena de morte e, inversamente, há quem rejeite o aborto e justifica a pena de morte. Incoerências e insensibilidades éticas! A consciência moral – que deveria ser o critério supremo do agir e do pensar do homem – sofre de ambiguidades crassas. Há muita hipocrisia.
P. Madureira da Silva
Parabéns pelo oportuno artigo!
ResponderEliminarCumprimentos
Pedro Afonso
Que A VIDA É BELA...eu não tenho dúvidas!!!Viva a VIDA!!!
ResponderEliminarÉ caso para gritar...VIVA A VIDA!
ResponderEliminarSinto um contentamento enorme, por poder partilhar com este «autor» a defesa de um mesmo valor que, felizmente, muitos sabem gostar, alguns querem preservar mas que, nem sempre , todos sabem respeitar!
E porque é meu "slogan", então aqui vai:
" A VIDA É BELA"!!!
Não me importo nada de repetir o que já outros disseram: «Viva a Vida!» !!!
ResponderEliminarVida...«bem pessoal»...quero vivê-la ao máximo com os valores indispensáveis para a viver feliz!
Vida...«bem da comunidade»...gosto e quero que me «vejam»!
Vida...«dom»...é uma alegria poder dizer «estou aqui»!
Agradeço o muito bom momento de leitura!
Lindo artigo!
ResponderEliminarMas vamos ter que continuar a lutar, porque vem aí a ideia nefasta dos casamentos homossexuais e logo a sehuir, presumo, a adopção de crianças por parte des "casais" dum novo tipo.
Comecemos já, porque logo sera tarde.
Afonso Rocha
http://mau-tempo-no-canal.blogspot.com/