No contexto deste blog apontarei algumas indicações que podem contribuir para um conhecimento da pessoa humana a partir de uma abordagem baseada numa antropologia cristã com recurso aos dados da psicologia, na medida em que estes tornam acessíveis para a teologia prática os resultados dos estudos psicológicos, contribuindo assim para a acção pastoral. Precisamos cada vez mais, para entrarmos em diálogo com os seres humanos e sermos seus servidores -a situação actual da humanidade está fortemente marcada pela debilidade, o sofrimento psíquico, conflitos familiares, cansaço, solidão, medos, vazio existencial, desespero, e muitos outros condicionamentos que a pessoa não consegue explicar-, de recorrer às ciências humanas entre as quais se encontra a psicologia. Diz-nos o Vaticano II: “Na actividade pastoral, conheçam-se e apliquem-se suficientemente, não apenas os princípios teológicos, mas também os dados das ciências profanas, principalmente da psicologia e sociologia, para que assim os fiéis sejam conduzidos a uma vida de fé mais pura e adulta” (GS 64). É pois, dentro deste âmbito interdisciplinar que, de uma maneira simples, apresentarei algumas achegas no sentido de um maior conhecimento do Homem.
O ser humano pode, pois, ser abordado em diferentes perspectivas. De acordo com uma determinada definição da personalidade que procura explicar o comportamento e a experiência do homem, a psicologia apresenta-nos vários modelos com diferentes visões antropológicas. Enumeramos apenas algumas das muitas existentes teorias da personalidade: teorias psicodinâmicas, teorias do comportamento, teorias humanistas, teorias transcendentais e teoria da auto-transcendência na consistência. Nas próximas colaborações irei apresentando as linhas gerais das mais significativas.
Irª. Fátima Semblano
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