terça-feira, 2 de junho de 2009

CONSTRUIR-SE A SI MESMO

(continuação)

O desenvolvimento Religioso – Do ponto de vista religioso a pessoa também se desenvolve. A experiência religiosa articula-se e desenvolve-se ao longo da vida de cada homem, tal como acontece com os restantes aspectos da personalidade. A psicologia evolutiva religiosa preocupa-se por descrever as condutas e atitudes mais comuns em cada uma das idades. Daí o seu interesse pela evolução biológica, as capacidades intelectuais, os laços afectivos e o ambiente em que a pessoa cresce. O processo de crescimento é progressivo e a experiência religiosa alimenta-se do que a pessoa vive nas realidades concretas da sua vida. Existem, por exemplo, determinadas características psicológicas nas crianças que as podem fazer inclinar-se mais ou menos para o aspecto religioso mas é preciso ter em conta que a ideia de Deus não surge esporadicamente (A. VERGOTE).

Há vários factores que contribuem para o desenvolvimento religioso:

- Influência da família - a influência dos pais é determinante;

- A concepção que a criança tem de Deus - aos 4 anos é a idade de ouro para a criança se interessar pelo religioso, o divino situa-se num mundo maravilhoso. Aos 3 anos a criança manifesta, frente ao sagrado, respeito e temor. A imagem de Deus perfila-se por detrás da dos pais, sobretudo do pai. Deus é o omnipotente e omnisciente. É uma representação imaginária e afectiva. Dos 5 aos 7 anos já distingue Deus como autor da criação, desenvolve os primeiros conceitos diferenciados sobre Deus. Há confusão… Daqui a importância dos pais para ajudar a encontrar um Deus totalmente Outro. Dos 6 aos 11 anos o conceito de Deus espiritualiza-se. Dos 11 aos 12 anos a criança aprende a função simbólica dos sinais o que ajuda a uma nova concepção de Deus.

- Os sentimentos do sagrado - há uma evolução desde uma confiança ingénua até à captação da transcendência divina, afectada de majestade, perante a qual é preciso aproximar-se com respeito.

(continua)

Irª. Fátima Semblano, SSI

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