quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pio XII e a II Guerra Mundial

III

PIO XII E OS HEBREUS NOS CAMPOS DE EXTERMÌNIO

O Papa Pio XII tentou usar todos os recursos possíveis e existentes no Estado do Vaticano e na Santa Sé com a finalidade de ajudar os oprimidos pela miséria dos campos de extermínio Judeus. Os meios por ele adoptados foram ditados pela grande experiência milenar da diplomacia eclesiástica. Pio XII sabia com quanta força o Nazismo reprimia a Igreja Católica, se esta interferisse de modo directo, na política internacional. Na melhor das hipóteses, qualquer interferência do Vaticano originaria uma vingança imediata contra a vida de católicos, ou na pior das hipóteses, uma perseguição aberta contra toda a Igreja Católica. Assim, Pio XII, estrategicamente, silenciou os organismos da Santa Sé e o Vaticano e serviu-se das Igrejas locais, para fazer a denúncia do que se estava a passar. O Papa enviou mensagens aos Bispos das dioceses europeias, onde a questão hebreia se colocava, com a orientação de «fazer todo o possível para fornecer ajuda, até aos limites possíveis nas condições locais»[1].

No mês de Junho de 1943, a Rádio Vaticano, apesar de todo o perigo e risco, advertiu: «Quem faz distinção entre os Hebreus e os outros homens, é infiel a Deus e está em contraste com os mandamentos de Deus». Com este apoio da Santa Sé os Bispos iniciaram as denúncias em nome da Igreja Católica, contando sempre com todo o apoio pessoal e estratégico de Pio XII.

P. Senra Coelho

[1] Cf. American Jewish Yearbook, 1943-1944, Jewish Publication Society, Philadelphia, pag. 292.

Sem comentários:

Enviar um comentário